ÓPIO
14 de Novembro de 2011
O Ópio é o produto natural de um tipo de papoila chamada Papaver Somniferum. - papoila dormideira.
Produz-se, actualmente, de forma não controlada em algumas zonas do Médio e Extremo Oriente e, muito recentemente, em alguns territórios americanos.
Extrai-se, realizando uma incisão na cápsula debaixo das pétalas da planta. Estes cortes deixam escapar um alcalóide com aspecto leitoso, que coagula rapidamente e adquire um tom acastanhado em contacto com o ar.
Ópio
O Ópio é o produto natural de um tipo de papoila chamada Papaver Somniferum. - papoila dormideira.
Produz-se, actualmente, de forma não controlada em algumas zonas do Médio e Extremo Oriente e, muito recentemente, em alguns territórios americanos.
Extrai-se, realizando uma incisão na cápsula debaixo das pétalas da planta. Estes cortes deixam escapar um alcalóide com aspecto leitoso, que coagula rapidamente e adquire um tom acastanhado em contacto com o ar.
Cada uma das cápsulas contém quantidades baixas de ópio e calcula-se que são necessárias cerca de duas mil plantas para obter um quilo desta substância. A extracção legal é praticada de forma mecânica, produzindo a “palha de ópio”, que depois é quimicamente processada pelas máquinas que fazem a colheita.
A papaver cresce de forma espontânea em toda a área do Mediterrâneo e Médio Oriente, pelo que não é de admirar que, durante a Revolução Neolítica, e mais tarde no mundo clássico Greco-Romano, onde se originou o complexo cultural do Ópio, tenha estado sempre ligada à medicina mais exclusiva e reservada aos mais poderosos.
O Ópio é, conhecido desde os tempos da Grécia Clássica, – a Teriaga, o medicamento mágico que tudo cura e que alcança o seu maior prestígio nos finais da Idade Média e no Renascimento, pela mão do quase monopólio que detinham os “Senhores” de Veneza.
No Oriente, o Ópio foi conhecido a partir do século VII como um produto exótico e mágico que chegava do Ocidente.
Essa expansão adquiriu características epidémicas na China, país que não tinha experiência histórica em relação ao Ópio, devido a importações em massa, encabeçadas pela Inglaterra que controlava as plantações de Bengala, Portugal e Espanha a partir das suas colónias do Oriente e, em menor medida, da França, Pérsia e Império Turco.
A oposição da China à importação do Ópio esteve na origem das Guerras do Ópio, que geraram um lucrativo mercado mundial desta substância nos finais do século XIX.
Da forma acima descrita, obtém-se o ópio puro que, depois de passar por um processo de refinação e transformação, pode ser fumado, comido ou bebido.
O procedimento mais comum é fumá-lo num tubo de papel de estanho, aplicando debaixo dele uma fonte de calor.
As apresentações mais frequentes são em forma de tubos pequenos (semelhantes a um cigarro sem filtro), em forma de pó ou em pequenas bolinhas.
Todos os opiáceos actuam sobre receptores cerebrais específicos. Estes encontram-se localizados no sistema límbico, na massa cinzenta, na espinal-medula e em algumas estruturas periféricas.
Os principais efeitos farmacológicos do ópio são causados pela morfina, um dos seus principais compostos.
Sobre o Sistema Nervoso Central:
* Analgesia,
* Sonolência,
* Euforia,
* Sensação de tranquilidade e diminuição do sentimento de desconfiança,
* Embotamento mental,
* Contracção da pupila,
* Náuseas,
* Vómitos,
* Depressão respiratória (causa de morte por overdose)
* Desaparecimento do reflexo da tosse.
Outros efeitos:
Libertação de histamina - vasodilatação e comichão na pele.
A nível endocrinológico: inibição da hormona que liberta a gonadotropina, diminuição dos níveis do factor de libertação da corticotropina - diminuem os níveis de plasma do cortisol testosterona.
Na mulher produzem-se ciclos menstruais irregulares.
No aparelho digestivo e bexiga: os movimentos peristálticos tornam-se lentos, favorecendo a prisão de ventre. O tónus do esfíncter aumenta e os reflexos de micção diminuem, provocando dificuldade de urinar.
Efeitos a longo prazo e potencial de dependência
Desenvolve tolerância em relação aos efeitos de:
* Euforia,
* Depressão respiratória,
* Analgesia,
* Sedação,
* Vómitos
* Alterações hormonais.
Não a desenvolve para a miose nem para a prisão de ventre. Estes efeitos, junto com a diminuição da libido, insónia e aumento da transpiração, são os sintomas dos consumidores crónicos.
Existe tolerância cruzada entre todos os agonistas opiáceos, pelo que se utiliza para os tratamentos de desintoxicação e desabituação.
Os opiáceos, devido aos seus potentes efeitos eufóricos e à intensidade da sintomatologia da abstinência, são substâncias muito aditivas
Síndrome de Abstinência
Sintomas e sinais:
Desejo de consumo, inquietação e irritabilidade, hipersensibilidade à dor, náuseas, dores musculares, estado de ânimo disfórico, insónia, ansiedade dilatação das pupilas, transpiração, “pele de galinha”, taquicardia, aumento da tensão arterial, bocejos, febre.
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